Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos
Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos
Os animais considerados peçonhentos produzem e inoculam substâncias tóxicas mediante estrutura para injetá-lo na sua presa ou predador. Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública são definidos como aqueles que causam acidentes de acordo com a importância do acidente, classificado em leve, moderado e grave. Em agosto de 2010, este agravo foi incluído na lista de notificação de doença compulsória (LNC) do Brasil, publicada na Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010. Os acidentes por animais peçonhentos, considerado como agravo negligenciado no mundo aponta um crescente a cada ano. No Brasil, perdura em todos os estados, principalmente na Região Nordeste.
Os escorpiões e serpentes são os animais de importância médica que apresentam destaque em relação ao grupo de animais peçonhentos. No Estado do Ceará entre 2008 a 2017, foram contabilizados 35.850 acidentes segundo o Ministério da Saúde (MS), além de 63 óbitos. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) considerando o período de 2015 a 2018, o município de Caucaia ocupa a segunda posição retendo 1048 casos em relação ao agravo no estado, seguidamente do município de Fortaleza.
As causas que estimulam o avanço das notificações são: atividades de trabalho no campo, condições econômicas da população menos favorecida, que vivem em locais inadequados e que inúmeras ocasiões faltam acesso a informações sobre o agravo; outro fator é a condição ecológica destes animais, as modificações no biótopo pode ocasionar a evasão destes seres para outro ambiente em busca de abrigo e alimento